ANTROPOGÊNESE

 

No início das coisas, o que existia era apenas a Família Primordial, como, por exemplo, a tradicional Família do Manu Noé, a célula-mater que daria origem à Humanidade (num novo Ciclo). Essa Família Primordial inicia o seu trabalho dando origem a uma série de Famílias que, a partir desse tronco, vão-se multiplicando até formarem um Ramo Racial.

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É em virtude desse fenómeno que a tradição de Israel fala nas suas 12 Famílias que formam os segmentos constituintes desse povo. Assim, um conjunto de Famílias forma um Ramo Racial, e uma série de sete Ramos Raciais forma, por sua vez, uma Sub-Raça. De maneira que verificamos tudo ter início a partir da Família do Manu, no caso sendo formado por um Casal Primordial também chamado Manu-Semente. Daí a Ciência Iniciática das Idades afirmar que o Manu é o Doador da Vida.

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Para os retardatários de cada civilização são criados pequenos ciclos kármicos, que não têm valor evolutivo mas apenas kármico. Segundo a cronologia oculta, as Mónadas encarnam 37 vezes numa Família (que poderá não ser sempre a mesma), 37 vezes num Clã (constituído de 7 Famílias) e 37 vezes num Ramo Racial, o que perfaz 111 encarnações numa Sub-Raça e 777 numa Raça-Mãe em dado período da Ronda Planetária.

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Estes valores numéricos podem ser alterados tanto para cima como para baixo, consoante o esforço feito pela Mónada. Assim, uma Mónada que se adiantou na sua evolução pode fechar a Ronda com menos 91 encarnações, enquanto as retardatárias concluirão a Ronda com mais 91 encarnações.

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E no final glorioso das suas 777 encarnações as Mónadas manifestadas no Manvantara retornarão à Casa do Pai, de onde um dia partiram como um conglomerado de Vida-Energia para se transformarem em estrela flamejante de Vida-Consciência. Volverão levando consigo todas as experiências adquiridas, como expressa muito bem o Arcano 22, as quais enriquecerão os Ciclos futuros que serão cada vez mais esplendorosos.

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A Tradição Iniciática das Idades sob o nome Teosofia, informa que a Humanidade evolui na Terra através de sete Ciclos Raciais em que ela faz uma Ronda sobre si mesma, não deixando de situar tais Ciclos em quais Eras e Sistemas Geológicos predicados pela Antropologia.

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Pois sim, a Teosofia afirma que estamos na 5.ª Raça-Mãe, consequentemente, já evoluíram na Terra 4 Raças-Mães (cada uma composta de 7 Sub-Raças; cada Sub-Raça composta de 7 Ramos; cada Ramo composto de 7 Clãs e cada Clã de 7 Famílias, sendo cada família um conjunto de 7 pessoas: avô, avó, pai, mãe, filho, filha e… primo(a), como elo de ligação com outras famílias), como sejam:

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1.ª Raça-Mãe: POLAR ou ADÂMICA

Continente: Jambu Dwipa (calota do Pólo Norte).

Era Geológica: Primitiva.

Sistema ou Período Geológico: Arqueano e Algonquiano.

Estado de consciência interior: Espiritual ou Atmã.

Veículo de manifestação exterior: Astro-Etérico (composto dos 2 éteres superiores dos 4 de que se compõe o Corpo Etérico).

Elemento natural (Tatva): Akasha (Éter).

Sentido físico: Audição.

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2.ª Raça-Mãe: HIPERBÓREA ou HIPERBOREANA

Continente: Plaksha Dwipa (calota do Pólo Sul, depois evoluindo para os actuais países nórdicos: Groenlândia, Suécia, Noruega, etc.).

Era Geológica: Primária.

Sistema ou Período Geológico: Cambriano e Seluriano.

Estado de consciência interior: Intuicional ou Búdhico.

Veículo de manifestação exterior: Físico-Etérico (composto dos 2 éteres inferiores dos 4 de que se compõe o Corpo Etérico).

Elemento natural (Tatva): Vayu (Ar).

Sentido físico: Olfacto.

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3.ª Raça-Mãe: LEMURIANA

Continente: Shalmali Dwipa (Gondwana, continente austral e África).

Era Geológica: Primária, Secundária e início da Terciária.

Sistema ou Período Geológico: Devoniano, Carbonífero, Permeano, Triássico (apogeu), Jurássico, Cretáceo.

Estado de consciência interior: Mental Superior ou Manas Arrupa.

Veículo de manifestação exterior: Físico denso (o Homem aparece como um ser concreto, visível e tangível).

Elemento natural (Tatva): Tejas (Fogo).

Sentido físico: Visão.

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4.ª Raça-Mãe: ATLANTE

Continente: Kusha Dwipa (parte da Europa, incluindo Portugal, da América do Sul, incluindo o Brasil, e toda a região mediterrânea chegando à Ásia).

Era Geológica: Secundária, Terciária e início da Quaternária.

Sistema ou Período Geológico: Triássico (apogeu da Lemúria, pois quando aparece uma nova raça a anterior ainda está em funções), Jurássico, Cretáceo, Paleoceno, Eoceno (apogeu da Atlântida), Oligoceno, Mioceno (1.º cataclismo atlante, dos 4 que fizeram o continente submergir), Plioceno.

Estado de consciência interior: Psicomental ou Kama-Manas (ligação do corpo Astral ou Emocional com o Mental Inferior ou Manas Rupa).

Veículo de manifestação exterior: Emocional, Astral ou Kamásico.

Elemento natural (Tatva): Apas (Água).

Sentido físico: Paladar.

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5.ª Raça-Mãe: ARIANA ou ÁRIA

Continente: Kraunka Dwipa (surge no Norte da Índia, Planalto do Pamir, junto ao Himalaia, e depois se espraie pelo Globo habitável).

Era Geológica: Quaternária.

Sistema ou Período Geológico: Pleistoceno e o actual Antropoceno.

Estado de consciência interior: Mental Superior ou Manas Arrupa.

Veículo de manifestação exterior: Mental Inferior ou Kama Rupa (rupa é termo sânscrito significando ''com forma'', ''concreto'', e arrupa, ''sem forma'', ''abstracto'').

Elemento natural (Tatva): Pritivi (Terra).

Sentido físico: Tacto.

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Na presente 5.ª Raça-Mãe já se desenvolve o 5.º Elemento ou Quintessência, Éter ou Akasha, e com isso, mercê do 5.º Corpo Mental Superior, o sentido da audição à sua potência máxima, acompanhado do olfacto também em supra-desenvolvimento, pelo que um dia tal como hoje os homens ouvem sinfonias musicais, ''ouvirão'' sinfonias de aromas…

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EVOLUÇÃO DO GLOBO D (TERRA) - Uns acreditam que a famosa Estrela Baal de que falam as tradições, foi um pedaço desprendido da Lua que foi atraído pelo campo magnético da Terra, e que com a sua queda provocou um gigantesco movimento telúrico que inclusive dizimou algumas espécies vivas no nosso planeta.

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Mas segundo outros, o que houve foi a absorção de um dos nossos antigos satélites chamado Gondwana e que originou o continente que a Tradição chama Shalmali, o mesmo que serviu de berço à 3.ª Raça-Mãe Lemuriana, considerada a primeira Raça genuinamente Humana por os seus componentes já possuírem corpos sólidos.

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Os cientistas denominam esse novo continente de Pangeia. Associando-o à Atlântida como berço da Raça seguinte, os maias denominavam-no indistintamente de País de Mu, que os antigos caldeus transformaram em Ur. 

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1.ª Raça-Mãe – O Homem da 1.ª Raça-Mãe no Globo D, a nossa Terra, era um ser etéreo, mais lunar que terreno. Não tinha inteligência mas era supra-espiritual. Carecia de sexo para reprodução que se fazia por cissiparidade, como acontece ainda com certos vegetais. Não tinha formas definidas e era de tamanho gigantesco. Movimentava-se ao sabor de Vayu ou Ar. .

2.ª Raça-Mãe – O Homem era ainda de dimensões gigantescas, porém, o seu corpo tornou-se mais condensado. Continuou mais espiritual do que inteligente, porque a evolução da mente é mais lenta e difícil do que a evolução da estrutura física.

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3.ª Raça-Mãe – Nesta Raça-Mãe o Homem já possui um corpo perfeitamente concreto ou compacto. No início, a sua forma assemelhava-se à de um macaco gigantesco, mais instintivo do que inteligente. A espiritualidade original cedeu lugar mais ao instinto do que à inteligência propriamente dita. Na segunda metade desta Raça, a estrutura gigantesca do Homem decresceu de tamanho, o seu corpo passou por mutações melhorando a sua contextura. O ser humano desenvolveu mais a mente tornando-se mais racional, embora ainda possuído de aspecto simiesco.

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4.ª Raça-Mãe – Nesta o intelecto humano passou por evolução considerável. As Raças – até então mudas – adquiriram o dom da linguagem humana a partir da 4.ª Raça-Mãe Atlante, sendo a linguagem monossilábica e muito limitada inicialmente, ela enriqueceu-se na decorrência do desenvolvimento mental dos seres humanos. Nessa fase atlante a Humanidade transpôs o ponto axial da sua evolução na 4.ª Ronda. O Mundo enriqueceu-se com o aumento da actividade intelectual, mas decresceu em espiritualidade.

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Depois de ter cumprido a sua missão, cada Raça transfere para a sua sucessora o resultado da sua evolução. Os elementos que não conseguem realizar-se na respectiva Raça permanecem como restos kármicos, o que explica a decaída dos remanescentes de Raças outrora brilhantes hoje encontrando-se em profunda decadência, consideradas até como simples elemento decorativo motivo de folclore pelas Raças actualmente em evidência. Houveram sempre Idades de Ferro, de Bronze, de Prata e de Ouro, cada qual com as suas características próprias.

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Actualmente somos uma síntese das Raças do Passado, e daí a razão da intensa miscigenação dada em virtude dos cruzamentos inter-raciais, invasões, emigrações, desenvolvimento do comércio internacional, facilidade dos meios de comunicação, etc. Assim, cada Raça assimila características de outros povos a ponto de tornar-se difícil, às vezes, definir-se até o seu biótipo, como é o caso típico do que ocorre no Brasil por ser um País sintetizador de Raças das mais variadas procedências.

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Quando uma criatura humana passa pelo processo da morte, o seu Corpo Físico retorna à Terra enquanto a sua Alma, que é um corpo intermediário, transfere-se para o Plano Astral, que é a Morada das Almas, sendo que o destino da sua Essência Espiritual é muito mais transcendente, pois ela voa para as paragens dos Espíritos Puros que estão fora dos limites dos Planos Formais. Assim, cada segmento do que forma no conjunto a criatura humana tem um destino diferente.

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Por isso, o Iniciado Plutarco afirmou que enquanto o Homem vive na Terra a ela pertence o seu Corpo, a sua Alma à Lua e o seu Espírito ao Sol. No homem comum, com o processo da morte Corpo, Alma e Espírito separam-se, indo cada um para o Mundo que lhe é afim. Porém, no homem que conseguiu imortalizar-se durante a vida esses corpos continuam unidos por toda a eternidade, donde se falar nos Três em Um ou da Santíssima Trindade tão mal explicada e pior compreendida.

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Essa Santa União é só para aqueles que na Terra alcançaram uma evolução tão elevada que equilibraram perfeita e completamente os seus Três Corpos (Trikaya). Daí falar-se em Corpos Eucarísticos, expressão indicativa da imortalidade de certos Seres. 

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Segundo as Revelações, o que caracterizará a Nova Raça, biotipicamente falando, será a epiderme suavemente amorenada tendendo para o tom levemente dourado, e daí falar-se em Raça Dourada como fruto da miscigenação global. Quanto ao perfil psicológico, o Novo Homem se caracterizará pelo elevado padrão intelectual e moral dono de invejável ternura.

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No início, ainda na transição da Raça actual para a futura, tais seres serão considerados anómalos, porém, à medida que a nova espécie for aumentando em número a ponto de constituir a maioria, os homens da actual Humanidade irão, consequentemente, sendo superados e relegados para nível inferior, algo semelhante ao que acontece com os silvícolas dos nossos dias.

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A Humanidade actual ainda levará milhares de anos até desaparecer completamente, e nessa altura já terão emergido os sexto e sétimo continentes denominados Shaka e Pushkara, respectivamente. Segundo as Escrituras Secretas, esses continentes emergentes no Passado longínquo serviram de berços às Raças Atlante e Lemuriana. Emergirão novamente dos Oceanos Atlântico e Pacífico, respectivamente, após terem-se purgado dos seus karmas pesadíssimos debaixo das purificadoras águas salgadas, resgatando assim as suas dívidas para com a Lei.

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Alguns dos elementos mais perniciosos que habitavam esses continentes desaparecidos até hoje permanecem neles, com plena consciência dos crimes praticados, como monstros marinhos abismais que nunca tiveram o direito de ver a luz do Sol.

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Antes de toda a catástrofe a mesma é precedida, como advertência, por uma série ininterrupta de comoções naturais atmosféricas, telúricas e ecológicas, como se observa actualmente, além das agitações de carácter político-social relacionadas com os percalços de origem económico-financeira, fenómenos kármicos exclusivamente humanos gerados pela ambição e egoísmo de alguns, em tudo isso observando-se a Face do Rigor da Divindade agindo através das referidas comoções naturais, estas sim, acima do controle e da vontade dos homens castigados pelas mesmas.

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Para tal, temos a acção dos Tirtânkaras, as Potestades ao serviço do Deus Karuna manipulando as forças dos quatro Elementos Cósmicos, como sejam as do Tatwa Pritivi, relacionado ao Elemento Terra, provocando uma série de tremores sísmicos, terramotos, queda de imóveis, etc.; do Tatwa Apas, correspondendo ao Elemento Água, podendo causar enchentes, transbordo dos rios e lagos, tempestades e maremotos;

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do Tatwa Tejas, vinculado ao Elemento Fogo, que com o seu mortífero poder de destruição tem provocado em inúmeros lugares secas que diziam milhares de vidas todos os anos, sem falar nos incêndios nas florestas e nos vulcões; finalmente temos o Tatwa Vayu, essência do Elemento Ar, que tem produzido imensos, tufões, furacões e tornados com uma força incrível que lhes dão enorme poder de destruição.

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Tudo isso como uma séria advertência aos senhores que se pretendem detentores materialistas do Mundo, já de si deturpando o sentido verdadeiro do Poder Temporal. Mesmo assim e contudo, acalenta o nosso coração a consciência de que além do Poder Temporal há a força muitíssimo maior que é a do Poder Espiritual.

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Segundo os dados astronómicos, os sete planetas tradicionais dispõem-se na ordem seguinte:

1.º Mercúrio

2.º Vénus

3.º Lua (que era planeta e não satélite)

4.º Terra (que era o 4.º e não o 3.º planeta)

5.º Marte (próximo do planeta desaparecido hoje formando um anel de asteroides)

6.º Júpiter

7.º Saturno

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Marte era uma fracção do 5.º planeta desaparecido e empurrou a Terra para a 3.ª órbita que era ocupada pela Lua, convertendo-a num satélite do Globo Terrestre.

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Raça, segundo JHS, expressa mais um estado de consciência do que o aspecto físico dos seres em evolução. Raça é uma colectividade onde predomina um estado de consciência característico. Segundo a Ciência Iniciática das Idades, existem sete estados de consciência que equivalem às sete Raças-Mães, a saber:

1.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Físico

2.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Vital

3.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Emocional

4.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Mental Concreto

5.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Mental Abstracto

6.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Intuicional (Búdhico)

7.ª Raça-Mãe – Predomina o Princípio Espiritual (Átmico).

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Abaixo, damos uma síntese de como se processou a evolução do Homem:

1.ª Fase – Na 1.ª Raça-Mãe Adâmica tem-se os ''Filhos do Crepúsculo'', que eram os Progenitores provenientes da Cadeia da Lua. Deram origem às ''Chayas'' através do Poder da Yoga. Daí dizer-se que as ''Chayas'' eram os ''Filhos da Yoga''. Como todas as formas primitivas, as ''Chayas'' não tinham sexo. Eram de natureza etérica. Também eram chamadas de ''Sombras''. Eram conduzidas pelos Pitris de cima que além do elemento Éter utilizavam o elemento Ar. Flutuavam como imensas medusas. Não podiam ser destruídas por nenhum elemento como o Fogo ou a Água. Desenvolveram o sentido da audição. As ''Chayas'' reproduziam-se por ''cissiparidade'', ou seja, dividiam-se a si mesmas para criar um novo ser, como acontece com as amebas e certos vegetais, só que na escala etérica. Por isso eram chamadas de as ''Nascidas de si mesmas''.

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2.ª Fase – As ''Chayas'' geraram, de maneira inconsciente, a 2.ª Raça-Mãe Hiperbórea. Por esta ser de natureza mais densa que a 1.ª Raça-Mãe, podia ser atingida pelo Fogo e pela Água, elementos que a destruíram quando chegou o momento do seu final. A reprodução fazias-e por ''brotamento'' ou ''suor''. Daí ser chamada de os ''Filhos do Suor''. Numa segunda fase, esse ''suor'' endureceu e transformou-se num ''ovo''. O elemento natural dos hiperbóreos era o Ar que lhes proporcionou o desenvolvimento do sentido do olfacto.

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3.ª Fase – Nesta fase da 3.ª Raça-Mãe Lemuriana os seres eram chamados de ''Filhos do Ovo''. No início nasciam como ''hermafroditas'', ou seja, saíam dos ''ovos'' com os dois sexos em simultâneo. Numa segunda fase, saíam dos ''ovos'' já com sexos diferentes mas ainda não se reproduziam através dos sexos, por isso eram chamados de ''andróginos''. Desenvolveram o sentido da visão através do elemento natural que lhes era afim, o Fogo.

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4.ª Fase – Nesta fase os seres humanos já se reproduziam pelo sexo, o que começara a partir a partir dos meados da 3.ª Sub-Raça da 3.ª Raça-Mãe. Nesta 4.ª Raça-Mãe Atlante afim ao elemento Água, desenvolveu-se o sentido do paladar. O último sentido a desenvolver-se plenamente, relacionado ao elemento Terra, foi o do tacto já na actual 5.ª Raça-Mãe Ariana.

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